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Loures: trampolim para toda a sorte de oportunistas

Arnaldo Matos disse, a propósito da candidatura presidencial de Marcelo, que as televisões vendem presidentes como quem vende sabonetes.

Não querendo ficar atrás de quem tantos afectos tem para dar, mas nenhumas soluções para propor, Loures também tem no seu historial candidatos que são vendidos como sabonetes por esse meio de envenenamento público.

Há alguns dias, num desses momentos zen da televisão, e num programa que é protagonizado por duas eminências pardas do capital, protegidas pela ausência de contraditório e repleta de declarações de amor eterno entre PSD e PCP, tendo como papagaios de serviço Ângelo Correia e Bernardino Soares,afirmava o primeiro, em tom pungente -tal como no passado o havia feito o seu mentor e correlegionário Marcelo -, que a CGTP era confiável.

O delfim do revisionista Jerónimo de Sousa, visivelmente comovido com a afirmação do papagaio Ângelo Correia,e como que a demonstrar como o seu partido e a CGTP eram confiáveis, lá balbuciou umas atoardas acerca da crise financeira, seguramente para justificar o porquê de o seu partido ter-se prestado a servir de muleta – tal como o BE – a um governo de direita, agora rebaptizado de governo de esquerda, liderado por António Costa e pelo PS. Tudo boa gente!

De facto, Bernardino é confiável para o sistema capitalista. E, a comprová-lo, está a sua primeira intervenção na 1ª Assembleia Municipal, após a tomada de posse como presidente da edilidade de Loures,quando desfez dúvidas quanto às promessas que espalhou durante a campanha eleitoral, em que prometeu este mundo o outro e até a vida eterna aos Lourenses!

Nesta primeira intervenção –e comportando-se como todos os democratas da undécima hora do pós 25 de Abril -, afirmou não poder cumprir, entre outras, com a promessa de redução do IMI, porque o orçamento camarário tinha tido um revés de 8 milhões de euros, metade dos quais por cortes nas transferências do Estado e, pasme-se, os outros 4 milhões em consequência da desvalorização patrimonial dos Lourenses.

Perante o desfazer de eventuais dúvidas que subsistissem quanto à miserável traição ao prometido, vem a terreiro Fernando Costa - o ressabiado do PSD das Caldas, por ter sido preterido na candidatura á estrebaria de S.Bento pelo seu correlegionário Passos Coelho -afirmar alto e bom som que, em reunião de Câmara, tinha reafirmado o seu intuito de baixar o IMI, mas que o patife do Bernardino não teria ido na conversa.

Loures e os seus mais do que ofendidos,traídos e roubados Lourenses, tem servido que nem uma luva para toda a corja de oportunistas. O Costa quando chegou de burro, em 1993, a Loures, rapidamente acelerou de ferrári para outras cristas de onda.

Aos Lourenses, esta casta de oportunistas tem deixado um Concelho transformado no caixote de toda a trampa da região. Teremos oportunidade de dar conta aos nossos leitores, em próximos artigos, dos pormenores dessa transformação.


Linha Editorial

O Loures Online assume-se como uma plataforma que tem a pretensão de ser um espaço aberto ao debate, na perspectiva da unidade com princípios, que é desejável e imprescindivel para que seja possível, de forma aberta e democrática, serem discutidos todos os assuntos e matérias que interessem aos munícipes do Concelho de Loures.

Um espaço onde serão bem vindas todas as opiniões – políticas, científicas e de outra natureza– que visem contribuir para que se forme uma opinião pública e uma massa crítica no Concelho, não sujeita à manipulação e à alienação a interesses corporativos e contrários aos interesses do povo que reside e trabalha neste Concelho.

Um espaço onde seja dada voz à denúncia, por parte dos munícipes do Concelho de Loures,  de práticas e políticas que ponham em causa a sua dignidade, o seu bem estar, o seu direito ao emprego, à educação, à saúde, aos transportes, etc.

O Loures Online, defende o princípio de que, para além de interpretar a história, nos compete, a todos nós, agir para a sua transformação.

Uma transformação que rompa com a história de um Concelho sucessivamente sujeito, através dos vários executivos camarários – por onde passaram todos os partidos do arco do poder, de PCP a PS, passando por PSD e CDS, a sós ou coligados entre si – à destruição do seu tecido produtivo, à liquidação de postos de trabalho, à degradação das condições de vida e do acesso à saúde, à educação, aos transportes, a uma vida digna!

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