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Valorsul: Um crime contra a saúde dos munícipes e o ambiente!


A Valorsul nasce no dia 16 de Setembro de 1994. Uma sociedade anónima composta por 7 accionistas: Parque Expo'98, SA, Empresa Geral do Fomento (EGF), SA, Câmara Municipal de Lisboa, Electricidade de Portugal, SA, Câmara Municipal de Loures, Câmara Municipal da Amadora e Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

.A 20 de Dezembro foi criada a Resioeste, uma sociedade anónima que integra como accionistas a EGF e 14 municípios: Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras. Esta sociedade anónima recebe neste ano a concessão da exploração e gestão do sistema por um período de 25 anos. A história da Resioeste será comum à da Valorsul a partir de 2010, altura em que se fundem numa só empresa. O ano de 2003 ficou também marcado pela assinatura do protocolo que permite a recepção de resíduos urbanos provenientes dos municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra e que se mantém até hoje.

http://www.portalresiduossolidos.com/incineracao-de-residuos-uma-tecnologia-desaparecer/ Mais de duas décadas depois, relatórios independentes confirmam quão justa é a bandeira de luta que se ergueu contra a implantação da incineradora no Concelho de Loures, pelos riscos que a mesma acarreta para a saúde pública no Concelho e, sobretudo, para os munícipes que habitam na zona onde ela foi construída.- , na Secção 1: Os problemas da incineração, afirma-se o seguinte:Num artigo publicado por um grupo de cientistas no Portal dos Resíduos -

“A secção 1 lida com problemas da incineração de resíduos: descargas de poluentes tanto para o ar como para outros meios; custos económicos e custos de emprego, perda de energia, insustentabilidade e incompatibilidade com outros sistemas para a gestão de resíduos. Também lida com os problemas específicos dos países do Sul.”

É a mesma fonte que, mais adiante, reconhece que:

“As dioxinas são os poluentes mais eminentes associados às incineradoras. Estes são os causadores de uma grande variedade de problemas de saúde que incluem o cancro, danos no sistema imunitário, problemas reprodutivos e de desenvolvimento. As dioxinas bio-intensificam, isto é, passam para a cadeia alimentar da presa para o predador, concentrando-se na carne e nos produtos lactícineos e por último no Homem. As dioxinas são de particular preocupação, pois são ubíquos no meio ambiente (e no Homem), a níveis que já demonstraram causar problemas de saúde, implicando que neste momento estão populações inteiras a sofrer os seus efeitos maléficos. As incineradoras são a principal fonte de dioxinas a nível mundial." . Quando em 1993 o assunto incineradora foi colocado à Assembleia Municipal de Loures pelo então presidente da Câmara de Loures Demétrio Alves, eleito na qualidade de militante do PCP, mas utilizando-se de um discurso de vendedor da banha da cobra, mascarado de científico – valendo-se do atributo de ser quadro superior da EDP (onde é engenheiro químico) -, este tentou fazer passar a proposta como sujeita a discussão pública. Começou por vender o peixe podre da vigarice aludindo às meras 2.000 toneladas de lixo a incinerar,escondendo que, já na altura, se previa um volume que, actualmente, se cifra no 1.000.000 de toneladas de resíduos provenientes de todo o Distrito de Lisboa. Aliás, tudo leva a supor que, por este andamento, um dia destes sejamos confrontados com a importação de lixos de Espanha e, quiçá, de Marrocos.

A verdade é que, para além de ser um quadro do maior accionista da Valorsul, a EDP (hoje empresa maioritariamente de capitais chineses),Demétrio ainda alimentava a ilusão de poder vir a ser o maioral da Valorsul. Saíram-lhe os planos furados! O partido tinha outro mais a jeito! . Toda esta corja de malfeitores da coisa pública escondeu das populações ribeirinhas de Loures, que um dos pareceres do estudo de impacte ambiental se baseava na baixa qualidade urbanística da zona. Mas também esconderam que tinham planificado, muito democraticamente, levar o lixo produzido na actual Freguesia do Oriente, por sucção subterrânea, para a incineradora, que dista pouco mais de 1000 metros da inceneradora.

A imprensa vendida vende patifes destes e ainda lhes dá cobertura para se safarem. O exemplo acabado foi o silêncio cúmplice a propósito da ruptura do pvc que isola o aterro de Mato da Cruz que contaminou um dos veios de abastecimento de água de Vila Franca de Xira com legionela.

E ainda estas quadrilhas, a propósito do crime de assassínio de vários moradores do Forte da Casa, expostos à legionela, esconderam a possibilidade mais do que evidente de este surto ter tido origem nas chaminés da incineradora que é só uma das dez maiores do mundo.

Viremos a terreiro com as provas cientificas que justificam por inteiro a recusa de um barril de pólvora debaixo das vidas de toda a zona ribeirinha de Loures,Vila Franca de Xira, incluindo a freguesia do Oriente, pomposamente considerada como tendo tido origem na EXPO 98 que foi demagogicamente dedicada aos oceanos.


Linha Editorial

O Loures Online assume-se como uma plataforma que tem a pretensão de ser um espaço aberto ao debate, na perspectiva da unidade com princípios, que é desejável e imprescindivel para que seja possível, de forma aberta e democrática, serem discutidos todos os assuntos e matérias que interessem aos munícipes do Concelho de Loures.

Um espaço onde serão bem vindas todas as opiniões – políticas, científicas e de outra natureza– que visem contribuir para que se forme uma opinião pública e uma massa crítica no Concelho, não sujeita à manipulação e à alienação a interesses corporativos e contrários aos interesses do povo que reside e trabalha neste Concelho.

Um espaço onde seja dada voz à denúncia, por parte dos munícipes do Concelho de Loures,  de práticas e políticas que ponham em causa a sua dignidade, o seu bem estar, o seu direito ao emprego, à educação, à saúde, aos transportes, etc.

O Loures Online, defende o princípio de que, para além de interpretar a história, nos compete, a todos nós, agir para a sua transformação.

Uma transformação que rompa com a história de um Concelho sucessivamente sujeito, através dos vários executivos camarários – por onde passaram todos os partidos do arco do poder, de PCP a PS, passando por PSD e CDS, a sós ou coligados entre si – à destruição do seu tecido produtivo, à liquidação de postos de trabalho, à degradação das condições de vida e do acesso à saúde, à educação, aos transportes, a uma vida digna!

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